O Conduto Forçado Álvaro Chaves deverá ser inaugurado em dezembro deste ano. A informação foi dada, nesta terça-feira (26/6), pelo diretor do Departamento Esgotos Pluviais (DEP), Sérgio Zimmermann, durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal que discutiu os impactos da obra na cidade. De acordo com Zimmermann, o Conduto é a maior obra de drenagem urbana dos últimos 30 anos na Capital, estando 90% dela concluída. "Essa obra representa um avanço para a cidade", disse o diretor do DEP, acrescentando que uma assessoria comunitária trabalhou na minimização de impactos, desde a vibração de retroescavadeiras até a remoção de árvores.
Zimmermann estima que os custos da obra devem ficar em torno de R$ 50 milhões. Em novembro, informou, o sistema de drenagem deverá ser posto em testes para que, em dezembro, o Conduto possa ser oficialmente inaugurado. "Houve também um monitoramento arqueológico da obra, tendo sido recolhidas mais de 3 mil peças que estão sendo catalogadas." As águas coletadas pelo Conduto nos bairros Moinhos de Vento, Auxiliadora, Mont´Serrat, Rio Branco, Bela Vista e Higienópolis deverão ser despejadas no Lago Guaíba a uma velocidade de cerca de 100 km/h. O Álvaro Chaves está sendo instalado paralelamente ao Canal Tamandaré, fazendo com que diminua a vazão desse canal.
A bióloga Cíntia Almeida, responsável pelo monitoramento ambiental da obra, explicou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) havia realizado, inicialmente, um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-Rima) que constatou a necessidade de haver acompanhamento técnico constante, devido às grandes proporções do empreendimento. "Fiscalizamos os procedimentos, orientando os funcionários e fazendo o acompanhamento." Segundo a bióloga, foram podadas 367 árvores ao longo das ruas por onde passa o Conduto. Em 25 meses de obras, também foram transplantados outros 14 vegetais, realizados 93 plantios compensatórios e retiradas 73 árvores, embora a estimativa inicial indicasse a necessidade de 408 derrubadas. "Mesmo em grandes obras, é possível se fazer o monitoramento ambiental, preservando os vegetais." Também estava presente à reunião o diretor de Obras do DEP, engenheiro João Pancinha, além de outros técnicos do Departamento.
O presidente da Cosmam, vereador Dr. Raul (PMDB), lembrou que a obra é reivindicada há muitos anos pelos porto-alegrenses e disse esperar que ela colabore para a melhoria da cidade e da qualidade de vida da população. "Parabenizo o DEP pelo trabalho desenvolvido, conseguindo minimizar a agressividade da obra ao meio ambiente e preservando grandes áreas." Também estavam presentes os vereadores Claudio Sebenelo (PSDB), Newton Braga Rosa (PP), Márcio Bins Ely (PDT) e Elias Vidal (PPS).
(Por Carlos Scomazzon,
Câmara Municipal de POA, 26/06/2007)