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2007-06-27
O pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.), árvore que está na lista do Ibama de espécies ameaçadas de extinção, foi objeto de estudo em tese de doutorado apresentada no Instituto de Biologia da Unicamp (IB). A bióloga Claudia Alves da Silva constatou que a madeira de pau-brasil possui resistência a cupins e fungos que degradam a madeira, conhecidos na literatura científica como xilófagos.

Estudo integrou projeto temático

De acordo com Claudia, a madeira é tão resistente quanto a do angico-preto, que é muito utilizada principalmente na confecção de dormentes de trens. O trabalho, inédito, poderá subsidiar outros nesse sentido. Segundo Claudia, que foi orientada pela professora Marcia Regina Braga, pesquisadora do Instituto de Botânica de São Paulo, não havia relatos com relação ao grau de resistência do pau-brasil. Mesmo sendo abundante no país até pouco tempo atrás, nenhum trabalho com foco nas características da parede celular da madeira havia sido feito. A tese integra um projeto temático financiado pela Fapesp e desenvolvido, na parte de biodegradação, em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). “O objetivo geral foi estudar o pau-brasil desde a semente até a madeira, principalmente para o seu uso sustentável e conservação”, explica.

Para o estudo, Claudia comparou as características bioquímicas da madeira do pau-brasil com a de outras utilizadas comercialmente, entre as quais, o pinus, eucalipto e angico-preto, que já possuem grau de resistência conhecido. O eucalipto e angico-preto são angiospermas de baixa e alta resistência, respectivamente. Já o pinus é uma gimnosperma de baixa resistência e foi utilizada nos ensaios de degradação como controle.

Claudia alerta, entretanto, que apesar de ficar demonstrado que a madeira de pau-brasil possui semelhanças com a do angico-preto, podendo ser considerada então de alta durabilidade natural, a indicação para outros usos do pau-brasil deve ser limitada, devido ao risco de extinção. Isto porque, desde a antiguidade, a madeira foi muito explorada ilegalmente. De abundante, tornou-se ameaçada de extinção. “Foi grande a sua aplicação como corante, por causa de sua coloração avermelhada”, lembra. Este aspecto causou muita devastação, até a descoberta dos corantes artificiais Atualmente, a madeira de pau-brasil, árvore considerada por muitos como símbolo nacional, é usada na confecção de arcos para instrumentos de corda, em razão de suas propriedades acústicas. Mas, até mesmo para este fim, continua sendo explorada ilegalmente.

(Envolverde/Jornal da Unicamp, 26/06/2007)

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