Líderes ambientalistas de 11 entidades brasileiras, argentinas e uruguaias que integram o Movimento Transfronteiriço enviaram ontem correspondência ao governo do Estado, depois de uma análise de dados que apontam a abertura de poços artesianos que atingem o Aqüífero Guarani sob condições que desobedecem aos padrões de proteção à reserva d'água e ao meio ambiente. Segundo Juraci Luques Jacques, os ambientalistas decidiram exigir que o procedimento seja acompanhado pela Corsan, que detém critérios rigorosos e técnicos para o procedimento.
O temor dos ambientalistas é de que as águas de uma das maiores reservas do mundo possam ser contaminadas em razão de práticas irregulares. O documento expressa ainda a preocupação com a qualidade das águas dos lagos das hidrelétricas de Barra Grande, Machadinho, Itá e de Marcelino Ramos, que estariam despejando esgoto 'in natura', provocando a conseqüente contaminação do rio Uruguai e do próprio aqüífero. Juraci Jacques informou que as denúncias elaboradas pelo Movimento Fronteiriço também foram encaminhadas para o presidente Lula.
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CP, 26/06/2007)