Despertar, desde a infância, a consciência de que é preciso preservar o meio ambiente para garantir o futuro. Ensinar que, se não pararmos de emitir gases poluentes na atmosfera, daqui a algum tempo vai ser quase impossível sair à rua, porque a camada de ozônio poderá já não ser mais eficaz para nos proteger da radiação. Orientar que a mudança de hábitos dentro de casa, já é um passo importante para ter um planeta melhor. Essas ações e muitas outras viraram prioridade dentro da sala de aula de uma turminha da Escola Adelmo Simas Genro, no bairro Nova Santa Marta.
Educação - Mais de 40 alunos de series iniciais, com 5 e 6 anos, estão aprendendo que o termo natureza também deve ser discutido junto à família, mostrando ao pai e à mãe o que eles podem fazer para não poluir o meio ambiente. Desenvolvido pela professora Iracema Oliveira Saccol, 46 anos, o projeto S.O.S. Vamos Salvar o Planeta tem trabalhado desde o aproveitamento do óleo de cozinha, que vira sabão na escola, e agrega renda, até a separação do lixo orgânico (cascas de frutas e verduras) do lixo seco (plástico, lata, papelão), algo que estava distante da rotina de muitas famílias pobres.
- É um trabalho duro, mas temos resultados bem importantes. Muitos materiais que antes iam parar no esgoto, agora já não são mais jogados lá. Alguns pais juntam material reciclado para ser entregues a catadores. É gratificante - conta, empolgada, Iracema.
Ela lembra que pouco a pouco a criançada vai assimilando os assuntos discutidos em aula e incorpora a teoria na prática. Neste ano, eles fizeram materiais informativos em que pedem respeito à natureza. Os folhetinhos serão entregues de porta em porta, na Nova Santa Marta.
O pequeno Jeiel Nogueira, 6 anos, mostra que está com tudo na ponta da língua quando o assunto é preservação.
- Tudo que apreendo aqui (na sala de aula) tento ensinar em casa. Já consegui que a mãe separe o lixo - revela o garoto.
(Diário de Santa Maria, 26/06/2007)