A Seresa é única empresa caxiense responsável pelo tratamento mensal de 90 toneladas de lixo produzido nos hospitais da cidade e em outras 650 empresas. A estação fica na RS-122, no Distrito Industrial. Conforme o diretor da empresa, Ronaldo Zago da Rosa, cada cliente recebe tonéis esterilizados equipados com sacos plásticos. Os recipientes são lacrados e retirados semanalmente para serem queimados em dois fornos.Cada tonelada se transforma em 20 quilos de cinza. Esse resíduo é encaminhado ao aterro sanitário de Gravataí. A fumaça também passa por um processo de descontaminação por meio de uma lavadora de gases. Para obter licenciamento, a empresa teve de se adequar às normas da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A autorização expira em 2009. Recicladoras de outras cidades também executam o recolhimento, mas em menor quantidade.
A pesquisadora e professora Vânia Schneider da Universidade de Caxias do Sul (UCS) defende que os problemas seriam sanados com a capacitação de funcionários. O gerenciamento para separação e encaminhamento reduziriam os custos. Mesmo não tendo analisado o material, a especialista também levanta a hipótese de o lixo depositado na barragem ter sido originado em veterinárias. Segundo Vânia, a maioria dos administradores de clínicas médicas, ambulatórios e hospitais têm consciência dos riscos das destinações mal feitas.
- De todo o resíduo gerado por um hospital, por exemplo, apenas 15% causa contaminação. Mas se ele é misturado aos demais, o risco se multiplica - explica Vânia.
(Pioneiro, 26/06/2007)