Duas das maiores empresas de petróleo do mundo, a Conoco Phillips e a Exxon Mobil, rejeitaram um acordo com o governo da Venezuela para continuar operando naquele país segundo informações da estatal de petróleo PDVSA. Fontes da estatal venezuelana PDVSA afirmaram que não conseguiram chegar a um acordo com as duas empresas sobre seu futuro papel na Faixa do Orinoco, considerada uma das maiores reservas petrolíferas do mundo. Em 1º de maio deste ano, como parte do processo de nacionalizações implementado pelo presidente Hugo Chávez, entrou em vigor um decreto determinando a constituição de empresas mistas, com a participação da estatal PDVSA em 60% das ações das transnacionais que atuam na Faixa do Orinoco.
O prazo final para a assinatura dos acordos de conversão à figura de empresa mista termina nesta terça-feira. As informações são de que quatro das seis transnacionais que atuam na Faixa do Orinoco chegaram a um acordo e vão continuar operando na região. No entanto, as americanas Exxon e a Conoco Phillips ainda não chegaram a um acordo e poderão ter de deixar a Venezuela.
Com a entrada em vigor do decreto presidencial obrigando as empresas a entregar o controle majoritário ao Estado, as seis transnacionais que atuam na Faixa do Orinoco não tiveram alternativa, mas iniciaram intensas negociações a respeito das compensações que receberiam. A Faixa do Orinoco tem reservas provadas de pelo menos 80 bilhões de barris, mas acredita-se que o potencial real pode ser bem maior, suficiente para transformar a Venezuela no maior produtor mundial de petróleo.
(Por James Ingham, BBC, 25/06/2007)