A Subcomissão sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que funciona no âmbito da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado, realiza nesta quarta-feira (27/06), às 14h, a segunda audiência pública para discutir os problemas ambientais decorrentes dos "lixões" e apontar propostas para resolvê-los.
Para debater o assunto foram convidados três especialistas: o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Roberto Ziulkoski; o coordenador nacional do Comitê de Resíduos Sólidos, José Dantas de Lima, e o diretor presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), Diógenes Del Bel.
Na primeira audiência, a gerente de projetos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Nadja Limeira Araújo, lamentou que grande parte das quase 5.700 prefeituras brasileiras ainda não tenha reconhecido a dimensão dos problemas ambientais que advêm da coleta e da destinação do lixo. Ela explicou que o Ministério das Cidades dispõe de uma verba anual de R$ 40 bilhões para investir em projetos de saneamento que incluem tratamento de água, esgoto, destinação de lixo entre outros, sendo que 6% desse total destina-se exclusivamente à questão do lixo.
O professor Edson Martins de Aguiar, da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo,destacou as dificuldades enfrentadas no transporte de resíduos sólidos. Já o diretor da Área de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf de Noronha, ressaltou que a solução para a questão da destinação adequada desses resíduosestá na educação ambiental - tarefa, segundo ele, para ser trabalhada durante uma geração inteira.
A audiência, solicitada pelos senadores Cícero Lucena (PSDB-PB) e Augusto Botelho (PT-RR), será realizada na sala 7 da Ala Alexandre Costa.
(Por Valéria Castanho, Agência Senado, 25/06/2007)