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queimadas
2007-06-26
Quatorze municípios do Estado do Amazonas estão classificados, desde a última sexta-feira (22/06), dentro do grupo de regiões com “alto risco” de queimadas, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mede a concentração de focos de calor em áreas amazônicas por meio de satélites de média e alta precisão e determina quais aqueles mais propícios para serem devastados pelo fogo.

Conforme dados do Inpe, Apuí, Atalaia do Norte, Humaitá, Jutaí, Lábrea, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Novo Aripuanã, Pauini e Guajará são os 13 municípios amazonenses que atualmente estão na zona de “alto risco” de queimadas. Em São Paulo de Olivença, segundo o Instituto, a situação é ainda pior, sendo considerada drástica. O risco de fogo nesse município foi classificado como “crítico” pelo Inpe, o que equivale ao último nível de periculosidade para queimadas.

Segundo dados de relatório, a pressão sobre o Amazonas decorre da onda de calor que vem se arrastando a partir de Rondônia, onde, desde a sexta-feira, 40 localidades passaram a ser consideradas de “alto risco”, além de existirem demais 17 em “risco crítico”, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

A descrição do relatório, colhido e divulgado há pouco mais de 36 horas pelo Inpe, ressaltou ainda que até às 18h da última sexta-feira haviam sido detectados 17 focos de queimadas de “médio risco” florestal no Amazonas, sendo que os municípios de Novo Aripuanã, Canutama e Apuí apresentaram as temperaturas médias mais elevadas do Estado (entre 32ºC e 33ºC durante o dia) devido às ondas de calor provocadas pelo fogo.

O cientista Philip Fearnside, ecólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), atribuiu o problema dos focos de calor e queimadas na Amazônia em geral — além do problema da ação antropogênica direta e criminosa — ao avanço da soja e da pecuária na região. Sobre esse fator, dados da 18ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Prodemaph) do Ministério Público Estadual (MPE) corroboram com a hipótese. Sobretudo no referente ao que o Em Tempo apurou e deu destaque há três dias, citando dados específicos sobre a instauração de processos judiciais de crimes de meio ambiente no interior do Amazonas.

Sobre esse aspecto, foi ressaltado que, se o montante de processos instaurados por causa de crimes ambientais continuar subindo, o Estado poderá atingir em dezembro de 2007 o segundo maior patamar de ações desse tipo já movidas em toda a história, conforme afirmativa da promotora do MPE, Maria José da Silva Nazaré.

Outro que ressaltou o problema foi o titular da 18ª Prodemaph do MPE, José Roque Marques, afirmando que um dos graves problemas para que crimes contra o meio ambiente sejam punidos no Amazonas decorre da lentidão com que processos dessa natureza são julgados. Segundo ele, a demora é de até três anos para que atitudes sejam tomadas, no sentido de avaliar e punir os culpados por infrações tais como grilagem, desmatamentos, queimadas criminosas, etc.

“A expansão da fronteira agrícola é um problema. As atividades madeireira e de plantação de algodão e soja são problemas também. E dados do Deter (satélite de longo alcance) do Inpe não são levados em conta”, destacou o magistrado.

Histórico de junho

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais já havia confirmado, no último dia 14, aquele que poderia ter sido o primeiro foco de incêndio de médias proporções após o período chuvoso no Amazonas. Segundo levantamento registrado por satélite, o Parque Nacional do Juruena, no município de Apuí (distante 445 quilômetros de Manaus), foi a região afetada.

O Inpe deu detalhes mostrando que parte da localidade queimada fica entre os rios Juruena e Teles Pires, no extremo norte do Estado de Mato Grosso e na extremidade sul-sudeste do Amazonas. O Parque Nacional do Juruena possui cerca de 3 milhões de hectares, abrangendo faixas dos municípios de Apiacás, Aripuanã, Cotriguaçu e Nova Bandeirantes (MT), e Maués (parte mínima) e Apuí (AM).

Na última quarta-feira (20/06), o Instituto também indicou a existência de focos de incêndio da terra indígena (TI) Alto Rio Negro, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). Parte da localidade atingida fica no espaço geográfico norte-noroeste do Amazonas. São Gabriel, hoje, é o município brasileiro com o maior número de populações indígenas.

(Amazonas Em Tempo, 25/06/2007)



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