EMPRESAS TENTAM FUGIR DO PASSIVO AMBIENTAL
2001-11-12
Na esfera judicial, as empresas que compraram e venderam a área de mineração, ao longo desses anos, vêm tentando fugir da responsabilidade pelo passivo ambiental e de saúde pública que se agrava a cada ano. - A contaminação reduziu-se bastante com o fechamento da fábrica em 1993, mas ainda estamos lutando para que haja o ressarcimento das famílias atingidas pelo problema, conta o promotor Villas Boas. Segundo ele, existem mais de 100 ações individuais tramitando com este objetivo, fora as duas ações civis públicas e duas cautelares movidas desde 1992 pelo Ministério Público Estadual da Bahia. - Estamos investigando um contrato de locação simulado feito em 1994, logo que a Peñarroya vendeu a área, e a Plumbum a assumiu. Essa última empresa, que hoje atua também no Paraná, com o mesmo tipo de minério, tentou alugar a fundição de Santo Amaro para uma pessoa sem patrimônio, sem idoneidade, que, portanto, não poderia responder pelo passivo ambiental. Foi quando se instalou, no local onde era a fundição, uma fábrica de guardanapos com o nome Boka Loka. Essa fábrica fechou cerca de um ou dois anos depois, relata.