A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quintas-feira (21/06), durante sua 103ª reunião plenária, o plantio do eucalipto transgênico para pesquisa.
As empresas ou instituições interessadas em estudar a modificação genética da árvore (Eucalyptus GM) devem atender a procedimentos planejados de plantio para proteger o meio ambiente.
As áreas experimentais, por exemplo, terão que ficar isoladas por uma barreira mínima de “amortecimento” – um raio de 100 metros, com ou sem árvores, a partir da borda do campo de pesquisa – e somente após essa área pode ser feito o plantio do eucalipto comercial.
Na reunião ficou definido ainda que não haverá necessidade de “bordaduras" (utilização de fileiras de eucaliptos para evitar “contágios”) no entorno e que as empresas e instituições terão de eliminar mudas e sementes surgidas nessa zona, não armazenando ou coletando para pesquisas.
O campo de pesquisa deverá ficar a uma distância mínima de um quilômetro de pomares abertos de sementes e mudas de eucalipto, e a três quilômetros de áreas de apicultura. Essas medidas visam a evitar o “escape genético”, ou seja, que a árvore transgênica e a plantação tradicional se miscigenem com a ajuda das abelhas e, com isso, também o produto das colméias corre risco de ser alterado.
“A pesquisa pode ser feita, por exemplo, para se saber se a planta transgênica mata inseto, estraga o solo etc. Mas, claro que é necessário cuidado para não permitir o escape”, destacou o presidente da CTNBio, Walter Colli.
Ele informou que as empresas Aracruz Celulose, Suzano e Alelix já realizam pesquisas com eucaliptos geneticamente modificados e "terão que se adequar às determinações aprovadas hoje”. Outras duas empresas, International Paper e Arborgem, pediram autorização para estudos de campo de mudas transgênicas trazidas do exterior.
(Por José Carlos Mattedi, Agência Brasil, 21/06/2007)