Pelo menos três órgãos federais estão com suas atividades parcialmente paralisadas em Manaus. Os servidores reivindicam reajustes salariais, reestruturação das repartições em que trabalham e contratação de pessoal por meio de concursos públicos. Apesar disso, informa o Sindicato dos Funcionários Públicos Federais do Amazonas (Sindsep), a população não está sendo atingida pelas paralisações desses órgãos.
Funcionários dos institutos Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do DataSUS discutem melhorias para a categoria por meio dos seus comandos de greve e estão parcialmente paralisados.
Terça-feira, quem decidiu fazer uma paralisação de alerta de um dia foram os servidores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Eles cobram melhores salários e a valorização dos pesquisadores desse órgão de pesquisa. O protesto ocorreu simultaneamente em todo o País e buscou conscientizar os servidores, segundo o comando de greve, para a necessidade de valorização de categorias como a dos pesquisadores.
Já a greve no Incra iniciou no último dia 4 e também faz parte de uma mobilização nacional, por parte da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais do órgão (Condsep), e só não teve a adesão do Estado do Rio Grande do Sul.
Juntando o Inpa e mais Incra, Ibama e DataSUS, cerca de 400 servidores paralisaram as atividades. Mesmo assim, o secretário do Sindsep garante que a coletividade não teria sido atingida. "Os serviços essenciais em todos esses órgãos foram mantidos e não chegaram a prejudicar ninguém", confirma o representante dos funcionários públicos.
A não unificação de uma pauta geral de reivindicações mostra que o funcionalismo público federal deixou de marchar coeso em prol da categoria, disse o dirigente. "Mas, basicamente, as reivindicações envolvem reestruturação dos órgãos, melhorias salariais e concursos públicos", salienta.
(Por Paulo André Nunes,
A Crítica, 20/06/2007)