O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta quarta-feira (20/06) financiamento no valor de R$ 1,48 bilhão para a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Distrito Industrial de Santa Cruz, zona oeste da cidade. A nova usina resulta de associação entre a Companhia Vale do Rio Doce e o alemão ThyssenKrupp.
Durante a construção, segundo o chefe do Departamento de Indústria de Base da instituição, Paulo Sérgio Moreira da Fonseca, serão gerados 18 mil postos de trabalho – "mão-de-obra preferencialmente angariada no entorno da usina" – e mais 3,5 mil empregos diretos para a operação industrial. Ele destacou que foi firmado convênio entre o grupo alemão e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que vai qualificar 1,5 mil pessoas para a operação e manutenção da CSA.
O apoio do BNDES corresponde a 18% do investimento total do projeto, que soma R$ 8 bilhões. O restante será desembolsado com recursos próprios dos sócios da empresa. Segundo Fonseca, "esse é o maior projeto siderúrgico do Brasil dos últimos 20 anos – o último foi o da Siderúrgica de Tubarão, nos anos 80”.
A entrada em operação da CSA está prevista para 2009, com capacidade de produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço ao ano. A produção, esclareceu Fonseca, "é toda destinada à exportação”, para mercados da Europa e América do Norte. Os recursos do BNDES, acrescentou, serão investidos na compra de componentes nacionais do empreendimento, envolvendo máquinas e equipamentos, serviços e obras civis.
A CSA realizará ainda investimentos sociais na área de influência do projeto, como o reaparelhamento do Hospital Pedro II, a implantação de um centro educacional em Itaguaí e o reequipamento do Corpo de Bombeiros local, além da construção de novas instalações para os pescadores da região. Esses investimentos, segundo Fonseca, terão financiamento de R$ 10,5 milhões do BNDES.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 20/06/2007)