A discussão em torno da definição da tecnologia mais apropriada, da pesquisa e das fontes de recursos para implementação do programa de biodiesel em Rondônia, a partir de suas potencialidades e características regionais, foi intensificada na terça-feira (19/06) com a realização do I Fórum de Pesquisa e Extensão Aplicadas ao Desenvolvimento, realizado numa parceria da Uniron com o Sistema Indústria – Fiero, Sesi, Senai, IEL –, que teve como tema central “Agroenergia Biodiesel”.
A abertura do evento foi feita pelo diretor-presidente do Grupo Uniron, Joarez Américo do Prado, pelo diretor-executivo, Fernando Prado e pelo assessor econômico e relações externas da Presidência da Fiero, Valdemar Camata Júnior, contou com a participação do prefeito da Capital, Roberto Sobrinho, que, na oportunidade, anunciou importante incentivo ao desenvolvimento do projeto.
Roberto Sobrinho disse que a partir da produção do biodiesel, toda a frota de ônibus da Capital, assim como toda a frota de maquinários da prefeitura, serão movidos pelo novo combustível. O interesse das empresas de transporte coletivo urbano pela nova matriz energética, segundo o prefeito, foi manifestado recentemente por seus diretores.
O representante da Fiero, Valdemar Camata, destacou o esforço conjunto na busca por uma matriz de biodiesel “moldada às condições de Rondônia”. O campo de pesquisa para identificar a melhor matéria-prima é tão vasto que vai da origem animal, como o sebo bovino, por exemplo, às mais conhecidas, que são as plantas oleaginosas.
O prefeito Roberto Sobrinho anunciou ainda que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, se prontificou a implantar um núcleo de produção de oleaginosas em um dos assentamentos, como projeto piloto para a produção do biocombustível. O prefeito só faz uma restrição nessa busca pela melhor matriz: Quer que seja uma alternativa também de inclusão social, por meio da geração de empregos.
PalestrantesO Fórum contou com importantes palestrantes, como Cristiane Zulívia de Andrade Monteiro, especialista em regulação da Superintendência de Qualidade de Produtos e Biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que abordou o tema ‘introdução do biodiesel na matriz energética brasileira’; Silvio Crestana, presidente da Embrapa e Renato Roscoe, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa e pesquisador de agroenergia, que falaram sobre as alternativas de matérias-primas para a produção de biodiesel.
No período da tarde foi formada mesa-redonda para debater “como o uso do biocombustível pode contribuir com a inclusão social, com desenvolvimento sustentável em Rondônia?”.
Em seguida, o coordenador do projeto de consolidação da produção de biodiesel a partir de sementes de oleaginosas da Petrobras, Mauro Silva, tratou das tecnologias de produção; do laboratório à indústria e, por fim, uma nova mesa-redonda discutiu os principais obstáculos econômicos, tecnológicos, ambientais, sociais ou culturais, que podem impedir ou dificultar a implantação do biodiesel, e de que forma tais obstáculos pode ser superados.
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Diário da Amazônia, 20/06/2007)