Criado para atender a Eaton, em Caxias, novo ramal terá 11 quilômetros e poderá beneficiar outras empresas. Obra de R$ 3,5 milhões deve começar em três semanas e ficar pronta até a metade do ano que vem.
A nacionalização das reservas de gás natural na Bolívia pode ter preocupado muitos empresários que utilizam o gás natural em suas indústrias, mas o fato não prejudicou os planos de expansão do combustível. Em Caxias do Sul, a rede atual ganhará um novo ramal de 11 quilômetros de extensão para atender a Eaton, fabricante de peças para implementos agrícolas. O ramal interligado à canalização principal de gás natural terá um custo de R$ 3,5 milhões e levará um ano para ser concluído. As obras devem ser iniciadas dentro das próximas três semanas.
A rede de gás atual em Caxias atende a 21 clientes entre indústrias, postos de combustíveis e ainda um ponto comercial. Na cidade, os chamados ramais internos - ramificações do tronco principal que corta cinco municípios da Serra - possuem 12 quilômetros de extensão.
A nova linha passará por locais de grande concentração de empresas, como a área industrial do bairro São José, seguindo em trechos de vias de alta movimentação, como a Rua Moreira César, a Avenida Ruben Bento Alves (Perimetral Norte) e a Rua Evaristo de Antoni (veja mapa). Por isso, é provável que os moradores dessas regiões tenham que conviver com obras nos próximos meses.
Além da Eaton, a Sulgás, que realiza a distribuição do combustível no Estado, está prospectando outras indústrias próximas ao novo ramal que tenham interesse em utilizar o gás natural. Outra conseqüência é a ampliação no número de postos de combustível que oferecerão o gás natural veicular (GNV) na cidade.
- Quando se faz um ramal desta extensão, em um primeiro momento, ele atenderá uma empresa que por si só justifica o investimento, mas posteriormente ele acaba atendendo outros clientes. Foi um negócio viabilizado porque valeu a pena para os dois lados (a empresa e a Sulgás) - declarou o diretor-presidente da Sulgás, Artur Lorentz.
Por enquanto, não há previsão de novas ampliações da rede na Serra. Mas a Sulgás mantém em espera a implantação do projeto da calha técnica. Suspensa temporariamente pela Petrobras em 2005, a proposta visa a abastecer, no futuro, residências com gás natural, a exemplo do projeto-piloto executado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
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O Pioneiro, 20/06/2007)