A Eletronuclear, empresa do Grupo Eletrobrás, apresentou nesta segunda-feira (18/06), na Coordenaria dos Programas de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Usina Nuclear Angra 3. O evento ocorreu no Centro de Tecnologia da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, no subúrbio do Rio.
Segundo informações da Eletronuclear, o encontro precede a realização, nos dias 19, 20, e 21 de junho, de audiência pública para discussão e apresentação do estudo de impacto, que constitui etapa obrigatória para a obtenção do licenciamento ambiental da usina. Entre os representantes da empresa, estiveram o assistente da presidência, Leonam dos Santos Guimarães, e o superintendente de Gerenciamento de Empreendimento, Luiz Manuel Messias.
Na última quinta-feira (14/06), ao participar de solenidade de batismo da Plataforma P-52, em Angra dos Reis, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a retomada das obras de construção de Angra 3. Ressaltando os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula disse aos metalúrgicos: “E tem também Angra 3, gente! Para que possamos crescer acima de 5%, nós vamos ter que dizer aos investidores que não vai faltar energia neste país a partir de 2012, porque até lá a energia está garantida – mas nós precisamos produzir. E não tem sentido não usar a energia (nuclear)”, sinalizou.
A Usina de Angra 3 foi projetada para produzir 1.309 megawatts de energia e deverá custar à Eletronuclear mais US$ 3,5 bilhões, caso receba o aval do governo federal para tocar o projeto. A retomada das obras de construção da unidade deverá ser assunto de pauta da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada para o dia 25 deste mês, quando também estará em discussão a realização da 9ª Rodada de Licitações de áreas para Exploração e Produção de Petróleo e Gás.
Quando as obras de construção da usina foram suspensas, no fim dos anos 80, 30% do projeto de Angra 3 já haviam sido implementados - o que inclui a parte de engenharia, suprimento importado e nacional, além de parte das obras civis. Anualmente, a Eletronuclear gasta cerca de US$ 20 milhões para manter intactos os equipamentos e preparado o esquema processual que viabilizará a retomada das obras.
(Por Nielmar de Oliveira,
Agência Brasil, 18/06/2007)