CONSTRUÇÃO DE USINA EM MATO GROSSO GERA SUCESSÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
2001-11-09
Uma sucessão de impactos ambientais e sociais aconteceu em Mato Grosso, decorrente da construção da Usina Hidrelétrica de Manso. De responsabilidade de Furnas/Eletronorte, em parceria com o consórcio Produtores Energéticos de Manso (Proman), a Usina de Manso foi divulgada como sendo uma obra que tinha como objetivos ajudar a solucionar o problema energético de Cuiabá e controlar os ciclos da cheias do rio Cuiabá, segundo principal afluente do Pantanal. Posteriormente foi agregado o projeto de Aproveitamento Múltiplo de Manso, que contém projetos sociais, ambientais e econômicos. Porém, esses objetivos não estão. Quando foram fechadas as comportas da usina, em novembro de 1999, para a formação de um lago de 42 mil hectares, entre os municípios de Chapada dos Guimarães e Nova Brasilândia, milhares de peixes morreram por falta de oxigênio na água. O Juizado de Volante Ambiental (Juvam) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema-MT) autuaram Furnas por não garantir a vazão mínima do rio Cuiabá, prevista no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da obra. Além disso, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Ministério Público Estadual já levantaram várias irregularidades nas obras da usina. (Jornal do Meio Ambiente-8/11)