Quatro pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) participam do leilão de fontes de energia alternativa promovido hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por falta de cumprimento de requisitos exigidos pelas regras do leilão, ficaram fora os projetos de geração eólica habilitados pela Empresa de Planejamento Energético (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia e encarregada do planejamento no longo prazo.
A concretização das usinas depende do interesse das distribuidoras que disputarão a energia oferecida na licitação. Se houver comprador, todos podem ser efetivados. Embora térmicas de biomassa - que usam casca de arroz ou cavacos de madeira, por exemplo - também integrem o leilão, nenhum projeto gaúcho foi pré-qualificado.
Conforme informações de mercado, o custo marginal de referência estipulado pelo governo não foi suficiente para que os empreendedores considerassem atrativa a participação no leilão. Apesar de o governo federal apostar no crescimento das energias renováveis, o primeiro leilão exclusivo de energia alternativa terá uma oferta abaixo da expectativa. "Eu esperava um pouco mais", admitiu o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. "Mas a oferta não deixa de ser algo razoável", acrescentou.
Em todo o país, 36 empreendimentos - 19 termelétricas movidas a biomassa e 17 PCHs - depositaram as garantias necessárias para confirmar a participação no leilão. Somadas, essas usinas têm capacidade para gerar 495,8 megawatts (MW). Esse volume é cerca de 82% inferior aos 2.803 MW dos 87 empreendimentos que haviam sido habilitados tecnicamente pela EPE. O leilão será realizado pela Internet e a energia negociada irá atender ao mercado das distribuidoras de energia elétrica.
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ZH, 18/06/2007)