Pesquisadores do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai têm trabalhado conjuntamente para conhecer melhor o potencial do Sistema Aqüífero Guarani. Vários projetos estão em curso para elaborar ações de desenvolvimento sustentável, de monitoramento e de gestão da área.
De acordo com o chefe da Divisão de América Meridional do Ministério das Relações Exteriores, João Luiz de Barros, o sistema é formado por diversos aqüíferos com características distintas. Por isso, é preciso ampliar os conhecimentos sobre eles para que depois sejam pensadas normas de gestão entre os quatro países. “O primeiro passo é saber sobre o que estamos falando para depois criar legislações”.
Um dos programas que estão sendo desenvolvidos é o Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani, que pretende elaborar um banco de dados atualizados sobre a área. Além disso, o projeto desenvolve ações no sentido de mobilizar a população para preservação e uso sustentável dessas águas subterrâneas.
Para Barros, o desenvolvimento de estudos entre os quatro países representa uma forma de incentivo para a integração do Mercosul. “Tudo isso faz com que a percepção do lado de lá e do lado de cá da fronteira seja a mesma. É um recurso comum, que todos os países devem ter o direito de utilizar e a obrigação de cuidar”. As pesquisas do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani são gerenciadas pela OEA - Organização dos Estados Americanos e terminam no final deste ano.
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Radiobrás, 18/06/2007)