Se a população mundial continuar crescendo com o mesmo padrão de consumo, as florestas tropicais estarão destruídas em 2050, inclusive a Amazônia. O alerta é do biólogo e doutor em Ciências do Meio Ambiente Millos Stringuini. Consultor internacional e ativista deste 1975, ele explica que o ser humano depende do processo de fotossíntese. Com o fim das florestas, a vida no planeta ficará ameaçada. 'Somos cerca de 6 bilhões de pessoas que plantam motores para eliminar árvores', enfatiza, acrescentando que não são apenas os governos que precisam agir, mas as comunidades devem tomar para si o problema e parar de jogar lixo nas ruas e de comprar carros cada vez mais poluidores.
Especialistas mais otimistas estimam um aumento da temperatura de 1,8 grau ao longo deste século. Já os pessimistas dizem que o aumento pode ser de até 4 graus, se nada for feito para conter o aquecimento global. A fotossíntese é realizada 50% pelas florestas e 50% pelos oceanos, que também estão sofrendo transformações. Uma delas é o derretimento do gelo nas regiões polares, como na Sibéria. Com o derretimento, o gás fica na água, comprometendo a biodiversidade e o processo de fotossíntese.
O fato é considerado alarmante pelo mestre em Meteorologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Gilvan Sampaio. Segundo ele, o aquecimento global já está causando conseqüências irreversíveis, como o aumento do nível do mar e a ocorrência de fenômenos meteorológicos cada vez mais devastadores. 'A temperatura no planeta já subiu 0,7 grau no último século. No Brasil o aumento foi de 1 grau', revela. O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da AL, deputado Alberto Oliveira, reforça que o efeito estufa está diretamente ligado às intervenções do homem. 'Precisamos reduzir esse problema e encontrar soluções viáveis.'
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CP, 17/06/2007)