O excesso de umidade nos últimos dias poderá prejudicar o fumo da última safra, que ainda se encontra estocado nos galpões dos produtores rurais do Vale do Rio Pardo. Segundo o diretor secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, se o produto não estiver bem acondicionado, haverá perdas na qualidade e, conseqüentemente, o agricultor receberá menos de pagamento. O dirigente calcula que em torno de 15% do fumo da última safra ainda não foram entregues às indústrias, e diz que a maior parte é do Sul do Estado e da região Centro-Serra. Mas, observa que na zona baixa do Vale do Rio Pardo a situação é atípica, com grande quantidade de tabaco ainda nos galpões.
Segundo Schneider, o normal nesta área é a comercialização terminar no fim de junho, mas, este ano, deve se estender por alguns dias. As baixas temperaturas na semana passada beneficiaram o desenvolvimento das mudas nos canteiros. Schneider diz que apenas poderia ter prejuízos, se houvesse o congelamento da água nas bandejas, mas isso não ocorreu. Já a elevação da temperatura também é positiva, segundo ele, pois favorece a germinação das sementes.
A maioria dos produtores nesta fase trabalha na preparação dos canteiros. Só no litoral Sul de Santa Catarina as atividades se encontram mais adiantadas, com muitas áreas com as mudas transplantadas para as lavouras. Segundo Schneider, o granizo em algumas partes do Estado não trouxe prejuízos. Ele observa que, nos canteiros onde ocorreram perdas de mudas, ainda é possível fazer a reposição. A previsão é que nos três estados do Sul a área de plantio com fumo permaneça igual a de 2006, com o cultivo de 356 mil hectares.
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CP, 17/06/2007)