O aguaceiro na Capital provocou uma corrida às lavanderias. Há uma semana, filas de espera e distribuição de senhas fazem parte do dia-a-dia de quem busca uma saída para secar suas roupas. Estabelecimentos foram obrigados a estender a jornada de trabalho para tentar atender ao movimento intenso causado pela umidade que dificulta a secagem das roupas. Empresários estimam crescimento de até 200%. Há lojas que aceitam novas remessas somente a partir de segunda-feira para desespero de quem já tem dificuldade para encontrar o que vestir.
Onde há sistema de auto-atendimento, as pessoas chegam antes do início do expediente para garantir um horário. Mesmo assim, ontem pela manhã, em um lavanderia na Avenida José de Alencar, não havia mais vaga disponível. - Não lembro de um movimento tão grande nos últimos sete anos. Nossa expectativa é dobrar o faturamento - afirma o proprietário Antônio Francisco Neme Pereira.
Em uma lavanderia na Wenceslau Escobar, o movimento subiu 80%. A empresa dá prioridade a roupas de crianças e dos clientes cativos que não aparecem apenas na hora do aperto, diz a gerente Joana Simon. O movimento provocou lances curiosos. Ontem, o gerente de uma empresa na Quintino Bocaiúva, João Felix Bonacina, recebeu telefonema de uma colega de outra rede atrás de máquinas ociosas.
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ZH, 16/06/2007)