Com a aproximação do inverno, o produtor desperta para o plantio de árvores frutíferas como citros, parreira, kiwi, caqui e rosáceas (pêssego, ameixa e macieira), entre outras. Porém, antes de se preocupar com o plantio nesta época, os técnicos do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar orientam que ele deve fazer a encomenda das mudas e, para tal, recomendam que o produtor procure certificar-se de que o viveiro que vai fornecer as mudas esteja credenciado junto aos órgãos competentes e que tenha um responsável técnico.
Os técnicos observam que o plantio das mudas deve ser feito no período compreendido entre 20 de julho e 20 de setembro. O recomendado é que o produtor interessado faça uma pesquisa nos viveiristas da região para adquirir a melhor planta possível.
Antes de adquirir as mudas, os técnicos alertam que algumas características devem ser observadas. A questão da presença de nematóides na raiz deve ser ausente, bem como a presença de cochonilhas também precisa ser evitada e igualmente ausente, tem que apresentar raízes novas e bem distribuídas, a cicatrização do enxerto não deve ter nódulos e falhas, mudas que não sejam nem com excesso de tamanho e nem pequena demais. Ainda tem características específicas para cada espécie que precisam ser observadas. Nos citros deve-se observar se nas folhas não há a presença do cancro cítrico ou pinta preta. No caso do caqui, a muda deve ser arrancada no máximo dois dias antes do plantio, porque há o risco da raiz oxidar e não haver o enraizamento da muda no plantio definitivo. No caso da videira e do kiwi o produtor precisa ficar muito atento quanto à cicatrização do enxerto, porque qualquer falha existente não vai mais ter sucesso no desenvolvimento e produção. Quanto às rosáceas, os técnicos frisam que as horas de frio determinam o sucesso na produção. No entender dos técnicos, variedades que são muito exigentes com frio não deveriam ser plantadas no município. A principal recomendação é o produtor se inteirar qual a variedade que o viveirista está mais apto a produzir e uma vez identificado e sabendo de onde vem a muda, que observe os detalhes que podem ser decisivos para o pomar implantado no futuro. “Quando o produtor adquire as mudas de um viveirista ou de uma loja conhecida e estas apresentarem algum problema, ele tem como reclamar. Agora, quando compra de um desconhecido, não tem como reclamar e ainda pode estar trazendo sérios problemas para o pomar, como doenças e pragas de difícil controle”, orientam os técnicos.
(Por Edemar Etges,
Folha do Mate, 15/06/2007)