Uma gangue de vândalos apedrejou nesta quinta-feira (14/06), no município de Luís Correia, estado do Piauí, um barco do Ibama utilizado para combater a pesca ilegal da lagosta. A embarcação estava aportada num estaleiro da cidade para reparos. O grupo invadiu o local, apedrejou e quebrou várias vidraças do barco. Antes, já haviam queimado pneus numa ponte. O proprietário do estaleiro acionou a polícia e dois agressores foram presos.
Suspeita-se que o atentado contra o barco seja uma retaliação ao rigoroso trabalho de fiscalização do crustáceo executado pelos agentes do Ibama que atuam na área. O município de Luís Correia é um dos principais pontos de desembarque de lagosta do estado. Na semana passada, foram apreendidos em Parnaíba/PI 350 quilos de lagosta pescados em pleno período do defeso da espécie. Segundo o chefe do Escritório Regional do Ibama de Parnaíba, Fernando Gomes, em maio passado, fiscais da região receberam ligações anônimas com ameaças de morte. As ameaças foram registradas na delegacia de polícia local.
O Ibama realiza neste ano fiscalização inédita da pesca da lagosta nos estados do Nordeste, Amapá, Pará e Espírito Santo. No Piauí, três equipes fazem uma varredura no litoral do estado com ajuda de fiscais do Ceará e Maranhão. O objetivo é combater a pesca predatória de lagosta abaixo do tamanho mínimo permitido para captura e com equipamentos não permitidos pela legislação. “A pesca ilegal prejudica os próprios pescadores, que não sobrevivem a uma queda acentuada na produção da atividade”, destaca Arty Fleck, coordenador-Geral de Fiscalização do Ibama.
(Por Kézia Macedo, Ascom Ibama, 14/06/2007)
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