Passados 15 anos da realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92, ou Rio-92, os deputados da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, juntamente com entidades socioambientais, discutiram os avanços alcançados e os desafios que ainda precisam ser superados nas questões
ambientais.
Na época, a conferência reuniu mais de 180 nações para discutir o meio ambiente. Para o presidente da comissão, deputado Nilson Pinto (PSDB-PA), houve uma mudança fundamental nestes 15 anos. "Na época da Rio-92, nós pensávamos que salvar as florestas seria suficiente. Agora, percebemos a necessidade de salvar o planeta e, junto com ele, a humanidade", disse ele. "O seminário proporciona uma oportunidade para pensarmos as ações que precisam ser implementadas para evitar o agravamento da questão ambiental, como ocorreu nos últimos anos."
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, presidente interino do Instituto Chico Mendes, afirmou que a efetivação dos processos de licenciamento ambiental faz parte dos avanços pós-Rio 92, mas que é preciso paciência e inteligência no planejamento de obras que atingem o meio ambiente. "Nós devemos tratar essa questão com eficiência. Temos que dar qualidade aos processos de licenciamento, dar segurança para a sociedade brasileira de que os empreendimentos licenciados atendem aos interesses privados e públicos", afirmou.
O embaixador da União Européia no Brasil, João Pacheco, lembrou que preservação do meio ambiente se tornou uma preocupação geral depois da realização da conferência. "Nem o Brasil, nem a Europa podem resolver esse problema sozinhos. Esse problema só pode ser resolvido com uma ação de todos, começando por aqueles que têm maior responsabilidade", explicou.
(Por Kátia Paiva, Rádio Nacional da Amazônia/Agência Brasil, 14/06/2007)