A pesquisadora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília Mercedes Bustamante afirmou nesta quinta-feira (14/06), na Câmara dos Deputados, que a rápida ocupação do cerrado gerou alterações no regime natural das queimadas. Também citou como um dos impactos do fogo as mudanças na química da atmosfera. Segundo a pesquisadora, o balanço dos efeitos negativos dessas queimadas dependerá do intervalo entre elas, que hoje está cada vez menor.
Mercedes participou do quarto painel do seminário que a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmra dos Deputados realizou para discutir a agenda ambiental do Congresso. O objetivo é atualizar as metas do Parlamento, 15 anos após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. O tema do quarto painel é "Cerrado: áreas protegidas, uso sustentável e agronegócio".
Na opinião da pesquisadora, o cerrado tem que ser mais valorizado, inclusive pelo Legislativo. Ela destacou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 115/95, que inclui o Cerrado e a Caatinga na relação dos biomas considerados Patrimônio Nacional, tramita na Câmara há anos e ainda não foi aprovada.
(Por Simone Salles, Agência Câmara, 14/06/2007)