A secretária de Biodiversidade e Floresta do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wei de Brito, afirmou ontem, na Câmara dos Deputados, que o Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade, o segundo maior ecossistema brasileiro em termos de território, e o local onde estão assentadas atividades agrícolas importantes para o desenvolvimento do país. Apesar disso, segundo ela, o Cerrado não é tratado com o mesmo destaque dos outros ecossistemas, como a Mata Atlântica e a Amazônia.
Maria Cecília participou, nesta quinta-feira (14/06), do seminário promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para discutir a agenda ambiental do Congresso. O objetivo é atualizar as metas do Parlamento, 15 anos após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. O tema do painel é "Cerrado: áreas protegidas, uso sustentável e agronegócio".
Marco legal
Segundo a secretária, há uma série de propostas que tramitam no Congresso que podem fornecer um arcabouço legal mais consistente para que o desenvolvimento do Cerrado ocorra de forma sustentável. Ela destacou ser importante a definição de um marco legal para o Cerrado, como já ocorre com a Lei de Conservação e Uso da Mata Atlântica.
A debatedora ainda destacou duas iniciativas que vêm sendo desenvolvidas pelo governo na área ambiental. Uma é a negociação junto ao Fundo das Nações Unidas para o Meio Ambiente (GEF) para obter recursos da ordem de 13 milhões de dólares (cerca de R$ 25 bilhões). Outra é a atualização e definição das áreas prioritárias entre os biomas brasileiros, para que o ministério possa atuar de forma mais incisiva.
(Por Simone Salles, Agência Câmara, 14/06/2007)