O presidente da Comissão de Economia e Desenvolvimento da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Nelson Härter (PMDB), visitou nesta quinta-feira (14/06) o Laboratório de Ecologia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a única a pesquisar a qualidade da água e do solo com o cultivo de acácia negra, eucalipto, pinus e de floresta nativa no Brasil. A equipe conta com 27 estudantes universitários e de pós-graduação e quatro engenheiros.
Conforme o parlamentar, o objetivo é conhecer cientificamente os impactos da silvicultura principalmente na Metade Sul do Estado, que corre o risco de perder investimentos pelo atraso nos licenciamentos ambientais. "Estamos colhendo o maior número de informações, e comprovadas cientificamente, para viabilizar o desenvolvimento da Metade Sul com a geração de emprego e renda e a inclusão social através do florestamento sustentável."
Há três anos, a UFSM vem analisando a qualidade da água da chuva sobre a floresta e seus efeitos no solo e no abastecimento das vertentes para saber o momento correto de plantar e colher. "Qualquer cultura do mundo causa impacto ao meio ambiente e tudo é uma questão de saber manejar. Ou seja, se respeitarmos os princípios ecológicos não vamos causar os impactos que a sociedade imagina", afirmou o professor de Ecologia e Nutrição Florestal da universidade, Mauro Schumacher.
Com relação ao eucalipto, Schumacher garantiu que o florestamento não irá causar impactos no Rio Grande do Sul. "Se cortamos eucalipto de três ou quatro anos e queimar resíduos, podemos, sim, causar impacto. Mas nossos estudos mostram que se esperarmos até os sete anos não é ameaça nem para o solo, nem para a água".
(Por Roberta Amaral, Agência de Notícias AL-RS, 16/06/2007)