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2007-06-15

No seminário Aquecimento Global: Efeitos, Mitos & Verdades, realizado na noite de quarta-feira (13/06), no Plenário Ana Terra da Câmara Municipal, os painelistas destacaram que o aquecimento global ocorre em função do aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera. Segundo eles, a reversão do cenário atual é impossível, mas há ações do homem que podem contribuir para frear o aumento da temperatura na Terra.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Francisco Eliseu Aquino, lembrou que os gases de efeito estufa, que estão por trás do aquecimento global, são emitidos desde a Revolução Industrial. Conforme o pesquisador, o planeta Terra está no período mais quente desde o início dos registros científicos, em 1860, e o século XX é o mais quente dos últimos dois mil anos.

Aquino, que estuda as mudanças climáticas entre a Antártica e o Sul do Brasil, disse que as regiões polares, apesar de distantes, estão muito ligadas a nós. “Os mantos de gelo são analisados quimicamente e ali identificamos a história do clima. Este bloco de gelo tem a capacidade de arquivar todas as impurezas e alterações ocorridas no planeta, como os gases poluentes”, observou.

O diretor-executivo do Instituto Portal Ambiental, mestre em Gestão Ambiental, Daniel Conrado, ressaltou que o aquecimento global e as vulnerabilidades às mudanças climáticas provocam grandes catástrofes, como enchentes e secas. Apresentou, também, as previsões de impacto socioambiental com o aumento desenfreado da temperatura em áreas como saúde, biodiversidade, agricultura e regime hídrico. “A falta de alimento levaria à fome epidêmica, que atingiria o sistema imunológico. A população doente aumentaria a procura por atendimento médico, o que afetaria a infra-estrutura de saúde pública, que já não dá conta do recado”, explicou Conrado.

O pesquisador da Embrapa Clima Temperado José Maria Filippini Alba, avaliou os efeitos do aquecimento global na agricultura. Disse que a antecipação das estações do ano, observada nos últimos períodos, afetam o cultivo de alimentos como soja, feijão, milho e arroz. “A agricultura e a pesca sofrem conseqüências graves pelas variações do clima. O cultivo de soja é um dos mais sensíveis, segundo pesquisa da Embrapa. Com o aumento de 5,8 graus, perde quase metade da capacidade de produção”, informou.

O engenheiro e professor do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação da Ufrgs Miguel Sattler, defendeu uma mudança na cultura para conscientizar as pessoas de que a ação de cada um é importante “caso a gente queira um futuro para este planeta”. Para ele, a sustentabilidade deve ser tratada de forma interdisciplinar e transdisciplinar, através de uma visão sistêmica. Sattler salientou que efeito estufa não é o único problema ambiental.

Segundo o professor, devemos nos preocupar também com nossas atividades diárias que contaminam a água, o ar e os alimentos. “Temos que considerar os impactos de outras ameaças como o fim da biodiversidade, a destinação de resíduos e a possibilidade de uma futura população portadora de Alzheimer”, alertou. Cientistas projetam para 2050 uma população de cerca de 100 milhões de pessoas portadoras da doença em decorrência da contaminação química da água, ar e alimentos.

“As cidades são o habitat do homem e ao mesmo tempo colaboram para o aquecimento global”, afirmou a especialista em Direito Urbanístico e Ambiental, Rozangela Motiska Bertolo. Ela defendeu a implantação de políticas públicas para desenvolver as funções sociais da cidade – nas dimensões espacial-ambiental, socioeconômica e política. Para a advogada, o bem-estar humano individual não é dissociado do bem-comum e da qualidade do meio ambiente.

Para buscar o equilíbrio ambiental nas cidades, Rozangela disse que são fundamentais:  ênfase aos transportes coletivos e a melhorias na infra-estrutura de transporte urbano; construções e habitações ambientalmente sustentáveis, com aproveitamento de energia solar e água da chuva; otimização da infra-estrutura de saneamento básico, de energia; utilização de créditos de carbono; e informação e educação sobre ações de proteção do meio ambiente.

A presidenta da Câmara Municipal, vereadora Maria Celeste (PT), destacou que o Legislativo municipal cumpriu um importante papel ao promover uma quinzena de atividades alusivas ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho. “Para marcar a data, realizamos sessão solene, debates, exibição de documentário, exposições fotográficas e estamos encerrando a programação com este seminário sobre aquecimento global”, lembrou.

Maria Celeste aproveitou a oportunidade para informar que, ainda este ano, a Câmara pretende instalar uma cisterna para permitir o reaproveitamento da água da chuva.

Também esteve presente no seminário, o vereador Newton Braga Rosa (PP).

(PorJuliana Thomaz e Alessandra Obem, Assessoria de Comunicação CMPA, 14/06/2007)


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