O Brasil tem a convicção de que combater o desmatamento é uma ação relevante, necessária e urgente, como contribuição para os esforços globais de enfrentamento das mudanças climáticas. A afirmação foi feita, nesta quarta-feira (13/06), pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante encontro de ministros em Riksgränsen, na Suécia. Para ela, os esforços feitos pelo Brasil nos últimos quatro anos para alcançar redução de 50% nas taxas de desmatamento na Amazônia evidenciam que reduzir essas emissões nos países em desenvolvimento implica mudar o próprio modelo de desenvolvimento. "Não é uma tarefa fácil, rápida e barata de mitigação".
Em seu discurso, Marina Silva lembrou a proposta brasileira, apresentada em Nairóbi, na COP-12, sobre incentivos positivos para a redução das emissões do desmatamento nos países em desenvolvimento. Segundo ela, "a redução das emissões por desmatamento requer investimentos significativos e estáveis, de forma a assegurar a manutenção de seu efeito ao longo do tempo".
Marina Silva esclareceu que esses incentivos seriam oferecidos posteriormente à demonstração da redução de emissões por desmatamento nos países que voluntariamente se disponham a participar desse arranjo. "E, em reconhecimento de que diferentes níveis de preparo existem entre os países em desenvolvimento, os incentivos positivos foram também previstos na forma de capacitação e transferência de tecnologia", explicou.
O encontro, intitulado "Diálogo do Sol da Meia-Noite sobre Mudança Climática", reúne, entre os dias 11 e 14, ministros de Meio Ambiente de todo o mundo. Estão sendo tratados, entre outros temas, a construção de uma visão compartilhada sobre o futuro do ordenamento jurídico internacional sobre o clima e a construção de um mercado global de carbono para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
(Ascom MMA, 13/06/2007)