O Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, vai inaugurar até 2010 oito Centros de Revitalização de Áreas Degradadas (CRAD). Na terça-feira (12/06), integrantes do MMA, da Codevasf, da Universidade Federal de Lavras e da Universidade Federal de Brasília reuniram-se, em Brasília, para definir a estratégia de manutenção desses centros, sendo que seis deles serão inaugurados ainda em 2007, nos municípios de Arcos e Paracatu, em Minas Gerais, de Petrolina e Serra Talhada, em Pernambuco, de Barra, na Bahia, e de Propriá, em Sergipe.
Os centros terão como finalidade dar apoio aos componentes de Recuperação da Cobertura Vegetal e de "Preservação da Biodiversidade" do PR-SF, promovendo a recuperação das nascentes, das matas ciliares e das Áreas de Preservação Permanentes (APPs), promovendo, ainda, o uso sustentável da biodiversidade.
Estima-se que o recurso necessário para a manutenção de cada CRAD variará de R$ 175 mil a R$ 350 mil, sendo que o valor exato para 2007 e para o PPA-2008-2011 será definido ainda este mês.
A implantação dos CRADs na bacia do São Francisco integra as ações do Plano de Ação Estratégica de Recuperação e Desenvolvimento Florestal da bacia do rio São Francisco, elaborado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA.
Nele estão incluídos os planos de Desenvolvimento Florestal do Araripe (PE), do Alto São Francisco, além do Baixo São Francisco, ainda em elaboração.
Por meio dele serão organizados e oferecidos treinamentos, cursos e seminários voltados aos agricultores e à população local. Dentre as atividades a ser desenvolvidas estão a montagem do sistema de coleta e conservação de sementes, do cadastro de interessados, o desenvolvimento de modelos de Recuperação de Áreas Degradadas, o monitoramento das ações e a estruturação do banco de informações.
Hoje existem quatro modelos de RAD, dependendo das características regionais. Para as áreas próximas aos remanescentes florestais, é feito o isolamento do local para possibilitar a regeneração natural; nas áreas com regeneração natural é feito o enriquecimento florestal; nas áreas abandonadas sem fontes e propágulos, é feito o plantio florestal; e, por fim, nas áreas com solo degradado e sem fontes de águas, é feito o plantio florestal e agroflorestal, com enriquecimento do solo.
A estrutura dos CRADs prevê espaço para a integração de projetos como o Viveiro Escola, os Viveiros de Referência, o SOS São Francisco e o Plano de Difusão do Ato Declaratório Ambiental. Em virtude dessas ações, a Câmara Técnico Temática de Desenvolvimento Florestal irá realizar reuniões mensais até o final do ano.
(Ascom PR-SF/MMA, 13/06/2007).