A afirmação, que preocupou parlamentares de diferentes partidos, foi feita pelo professor Francisco de Assis Tejo, da Universidade Federal da Paraíba, em depoimento na Comissão de Seguridade Social e Família. Segundo ele, desde uma reunião de cientistas ocorrida em 1998 nos Estados Unidos, o mundo acadêmico está convencido dos efeitos biológicos adversos causados pelos campos eletromagnéticos artificiais. Além de câncer em vários órgãos, principalmente cérebro e mama, a exposição à radiação pode provocar depressão, perda de memória e envelhecimento acelerado. O professor sugeriu a criação pelo Governo de uma agência específica para tratar da telefonia celular e seus efeitos biológicos sobre o usuário. Propôs ainda que sejam realizados estudos científicos mais profundos sobre o problema no Brasil, a partir dos quais as indústrias seriam obrigadas a construir seus aparelhos de modo a minimizar os riscos do celular para a saúde. De acordo com o depoente, exigências nesse sentido já estão sendo adotadas em outros países. Neste momento, os deputados estão ouvindo as explicações do superintendente de Radiofrequência e Fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Edilson Ribeiro dos Santos.