A exatamente um mês do Pan, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) resolveu testar, pela primeira vez, a operação para retirar o lixo flutuante da Baía de Guanabara. Além de manchar um dos principais cartões-postais da cidade, a poluição pode representar um grande empecilho à realização de provas. Segundo o secretário Carlos Minc, o lixo pode prender-se aos barcos e, assim, atrapalhar os competidores das provas de vela.
- Vamos atuar nos pontos em que os detritos se concentram, como na foz dos rios que deságuam na baía - explicou ontem, durante a simulação da operação de recolhimento.
O serviço será feito por equipes do plano de emergência, que vão manejar 14 ecobarreiras fixas e móveis (puxadas por embarcações) instaladas em pontos estratégicos. Participam desse grupo técnicos da Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema), da Defesa Civil do Estado, da Petrobras, da Hidroclean e do Iate Clube do Rio de Janeiro.
Já existem ecobarreiras instaladas na foz dos rios Irajá e Meriti e no Canal do Cunha, na Ilha do Fundão. As novas barreiras de contenção, que serão instaladas até o dia 25 de junho, ficarão na foz do rio Ramos, do Canal do Mangue, ambos no Rio, e na foz dos rios São Francisco, Muruí e Brandão, em Niterói.
Todo o material retido pelas barreiras móveis, que recolherão o lixo na entrada da Enseada de Botafogo, será levado para Escola Naval, Píer Mauá, Ilha de Mocanguê e Barcas de Niterói.
- O que for reciclável será levado para cooperativas de catadores - acrescentou Minc.
Em abril, a SEA lançou o Programa de Educação Ambiental nas escolas e, agora, monta centros de coletas de material reciclável em várias unidades de ensino, que servirão como aula prática para os alunos.
(Por Denise de Almeida,
Jornal do Brasil, 14/06/2007)