O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou nesta quarta-feira (13/06) que a adição de álcool anidro à gasolina vai aumentar de 23% para 25%, valor máximo permitido pela legislação. A medida deve entrar em vigor a partir do dia 1º de julho, e segundo o ministro trará economia para o consumidor.
“Esperamos que haja uma queda para o consumidor. A nível de usina de fornecimento do álcool, o preço já caiu 30%. Em algumas capitais, estados e cidades, o preço já vem caindo entre 10% e 20%, no caso do álcool. Em termos da gasolina a queda é evidentemente muito pequena porque adição é de apenas 2% a mais de álcool. Esperamos que em um prazo mais longo haja, de uma forma geral, uma boa queda principalmente no preço do álcool”.
A adição de mais álcool à gasolina vai acarretar também no aumento na produção de álcool para o consumo interno de mais 4 bilhões de litros por ano.
De acordo com o Stephanes, a porcentagem de 25% de álcool na gasolina deve se manter, “contando que não haja falta do produto”.
“Esse aumento se manterá até momento em que não tenhamos problema de abastecimento, ou seja, a entressafra. No ano passado nós tivemos um problema de abastecimento na entressafra, por isso que se reduziu para 23%. Uma das grandes propostas que o governo tem é manter essa questão de safra entressafra e reduzir a volatilidade de preço, evitar isso fazendo estoques do produto”.
Na próxima semana, o governo volta a se reunir com representantes do setor alcooleiro para discutir como fazer contratos entre as distribuidoras e produtores que mantenham a estabilidade de preço e fornecimento a longo prazo, a comercialização do álcool na bolsa de valores e estoques suficientes para que não existam problemas de volatilidade nos preços.
(Por Manoela Alcântara, Voz do Brasil/Agência Brasil, 13/06/2007)