O V Congresso do MST, que está sendo realizado em Brasília durante toda esta semana, chega a seu terceiro dia com muita discussão. Ontem (13/06), pela manhã, o tema central foi o agronegócio, analisado pelo integrante nacional do MST, João Pedro Stedile, e pela professora do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Regina Bruno. Os expositores frisaram as conseqüências desse modelo para à sociedade brasileira, ressaltando a questão da devastação das florestas e dos baixos salários pagos à população do campo. Também hoje pela manhã, o governador da Bahia, Jaques Wagner, fez um pronunciamento em solidariedade à luta do MST.
À tarde, foi discutido o programa de propostas voltado para a agricultura familiar, visando o crescimento econômico, a distribuição de renda e a preservação do meio ambiente. Esse programa já vem sendo estudado há cerca de dois anos. O debate contou com a presença de Plínio de Arruda Sampaio, especialista em questão agrária e um dos formuladores do PNRA (Plano Nacional de Reforma Agrária), proposto ao governo Lula. Também esteve presente Fátima Ribeiro, integrante da coordenação nacional do MST, que apresentou os eixos do Programa Agrário do Movimento. Será lançada uma campanha de educação do Movimento.
A partir das 18h30, Cezar Britto, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), fez parte de uma mesa-redonda para discutir a "Criminalização dos Movimentos Sociais". O debate contou com a presença de 200 participantes, principalmente estrangeiros. Hoje (14/06), pela manhã, está previsto um ato de solidariedade ao MST, com a presença de vários governadores e prefeitos do Brasil. Pela tarde, a partir das 14h, começa a passeata pelas ruas de Brasília.
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Adital, 13/06/2007)