Durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que a venda das refinarias da estatal na Bolívia conseguiu “pagar-se”. Ele negou que tenha havido prejuízo com a operação que foi fechada em US$ 112 milhões para a estatal boliviana comprar duas refinarias que a estatal mantinha em Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba.
“Em 1999, quando a compramos, da YPFB, olhando para o futuro da empresa como ela estava. Quando pagamos US$ 102 milhões achávamos que o futuro não o passado dela valeria US$ 102. Pagamos um preço justo que correspondia ao que achávamos que a refinaria iria valer. Se estou dizendo que recuperamos investimentos, ela pagou-se”, explicou.
Segundo Gabrielli, a estatal brasileira investiu cerca de US$ 30 milhões e um banco foi contratado para avaliar o valor das refinarias na Bolícia. “Nós compramos por US$ 102 e recebemos mais de US$ 102”, disse. “Estamos vendendo hoje pelo valor futuro dela. No futuro, na nossa avaliação, ela valeria entre US$ 110 e 125 milhões”. Na audiência, ele ainda negou que em algum momento a Petrobras tenha feito uma oferta de US$ 200 milhões pela operação, como foi divulgou pela imprensa.
(Por Roberta Lopes, Agência Brasil, 13/06/2007)