A hipótese levantada por pesquisadores brasileiros de que a nascente do rio Amazonas está em um lugar diferente do que dizem os documentos oficiais está cada vez mais robusta.
Ontem, no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos (SP), pesquisadores que voltaram dos andes peruanos no início do mês mostraram suas observações coletadas in loco, a mais de 5.000 metros de altitude.
"A hipótese não foi derrubada, pelo contrário. Mas ainda precisamos de mais tempo e de muitos estudos" disse à Folha o pesquisador Oton Barros, que participou da expedição brasileira-peruana pelo Inpe.
A versão mais aceita é que o Amazonas começa no córrego Carhuasanta. O grupo binacional tenta provar que ele começa no Apacheta.
"Sabemos que o Apacheta tem um tamanho maior. Agora, o que precisa ser feito são medidas de vazão ao longo dos anos" diz Barros.
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Folha de S. Paulo, 14/06/2007)