O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli disse nesta quarta-feira (13/06) que dos 102 projetos da empresa incluídos no Programa de Aceleração do Crescimentos (PAC), apenas nove estão em situação "preocupante", ou seja, que estão atrasados de acordo com o cronograma original. Ele participou de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

“Esses são projetos difíceis de cumprir o prazo original por problemas com fornecedores ou questões regulatórias, por exemplo. Mas não há risco de não excussão dos projetos”, afirmou. Entre as obras com problemas estão as plataformas P-55 e 57, nas quais a licitação foi suspensa por preço excessivo, mas foi retomada com base num novo modelo. Há atraso também na obra de ampliação de refinaria de Duque de Caxias causada por uma greve de fornecedores.

Gabrielli também informou que até 2010 estão previstos projetos para ampliação da oferta de gás e petróleo no total de R$ 179 bilhões. Ao ser questionado sobre a questão de preço e suprimento de etanol para contratos de exportação do produto, ele informou que o Petrobras trabalha para chegar a um ponto de equilíbrio relativo a variação do preço do produto no mercado internacional no longo prazo. “Temos que trabalhar para com alguma idéia de de faixa de variação de preço de acordo com as volatilidades do mercado que são naturais no longo prazo”, disse.

Ele acrescentou ainda que esse tipo de contratos tem dois problemas: a garantia do fornecimento e do preço. “Não se faz um contrato sem garantia de suprimento. Outro ponto é a garantia de preços. Uma das formas de resolver o problema do preço é oferecer uma banda de preço, o que significa estabelecer uma certa banda de preços que não dê todo ganho da subida [do preço] para quem vai comprar, nem dê todo o ganho da queda para quem vai vender”, explicou. A Petrobras já tem contrato de exportação de etanol com o Japão. 

(Por Roberta Lopes, Agência Brasil, 13/06/2007)