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amazônia
2007-06-14
A Rede Povos da Floresta, uma organização não-governamental que ajuda moradores de reservas ambientais, planeja implantar 150 centros de vigilância em áreas de conservação no Brasil. A estratégia é montar núcleos com computadores conectados à internet, máquinas fotográficas e GPS, para que os habitantes desses lugares, sobretudo indígenas, possam usar a tecnologia para denunciar crimes ambientais.

A expectativa é que, até o final do ano, 60 pontos estejam instalados, principalmente no Amazonas, Acre, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Primeiramente, serão implantados dez centros pilotos, viabilizados pelo ARPA (Programa de Áreas Protegidas da Amazônia), que é ligada ao Ministério do Meio Ambiente e tem o apoio do GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente, na sigla em inglês) — órgão administrado pelo PNUD, Banco Mundial e PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Devem ser instalados seis centros no Amazonas e quatro no Acre, entre agosto e setembro deste ano. A iniciativa, chamada Rede Digital de Monitoramento, Vigilância e Educação Ambiental em Áreas Protegidas, deve beneficiar mais de 100 mil pessoas nos dois Estados.

“Vamos incentivar as denúncias de crimes contra o meio ambiente por meio da tecnologia. As pessoas poderão fotografar os casos de denúncia, estabelecer comunicação direta com órgãos fiscalizadores, alertar jornais, entre outras coisas”, afirma Virgínia Gandres, consultora da ARPA na implantação do programa.

Há três tipos de centros, todos com estrutura tecnológica para denunciar crimes ambientais: núcleos comunitários, pontos de monitoramento e centros de formação. Os núcleos comunitários são locais de convivência nos pequenos municípios, onde são instalados computadores e outras tecnologias e desenvolvidas atividades de geração de renda. “Pretendemos usar a tecnologia implantada nos núcleos para comercializar produtos típicos e incentivar turismo ecológico na região”, diz Virgínia.

Já os pontos de monitoramento serão instalados em regiões mais isoladas, geralmente em bases de órgãos fiscalizadores oficiais, como IBAMA e Polícia Militar. “Porém, devem ser locais de trânsito das comunidades, para que possam servir de pontos de denúncia contra crimes ambientais”, afirma a consultora ARPA.

Nos centros de formação, instalados em municípios mais populosos, vai haver cursos sobre preservação do meio ambiente e atividades de valorização cultural. Além disso, planeja-se desenvolver uma rádio escola, que vai produzir programas sobre a região para serem distribuídos em outras localidades.

(Envolverde/Pnud, 13/06/2007)

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