VIDA ÚTIL DA MINA DE SOSSEGO SERÁ DE 13 ANOS
2001-11-09
Os executivos da Vale do Rio Doce não abrem mão de iniciar o Projeto Sossego o mais rapidamente possível, mesmo no caso de a Phelps Dodge desistir de investir em Canaã dos Carajás, como chegou a ser especulado. A Phelps, segundo analistas, estaria trabalhando para que o projeto tivesse seu início adiado à espera que os preços do concentrado de cobre aumentassem no mercado internacional. Na prática, utilizaria as reservas de cobre da mina do Sossego como reserva de valor. A Vale, ao contrário, defende que o projeto comece já. - Como paraense, estou torcendo para que o projeto seja implantado o mais rápido possível, afirma o geólogo Sebastião Pereira da Silva, diretor geral do 5º Distrito do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), que já deu sinal verde para que o Projeto Sossego seja deslanchado. - A concessão de lavra será assinada no Ministério das Minas e Energia em Brasília, acrescenta Pereira da Silva, revelando que a documentação apresentada pelos sócios do projeto foi aprovada em Belém, mas ainda está sob análise da direção do DNPM na capital da República. A vida útil da mina será de 13 anos, mas existem reservas na base da cava com potencial para, pelo menos, mais três anos de produção. O aproveitamento de minérios existentes em depósitos adjacentes - Serra Dourada e Alvo 118 - também poderá prolongar ainda mais a vida do empreendimento. No período de construção do projeto será feito o decapeamento de 12,8 milhões de toneladas de solo e rocha para expor o minério necessário ao início das operações. Parte deste material será utilizado nas obras civis e na barragem de rejeitos do projeto.