O Zoneamento Ambiental da Silvicultura no Rio Grande do Sul deve ser aprovado até o final do ano pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). A previsão é da diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini. Ela informa que, após esta primeira rodada de audiências públicas (serão quatro até o final do mês), haverá uma segunda em julho com mais quatro. Hoje, a programação será em Alegrete.
A Fepam deve levar mais um mês compilando as sugestões tiradas dos encontros. Com isso, a expectativa é que, em setembro, o estudo seja encaminhado ao Consema. 'Temos folga para fechar o ano com o zoneamento aprovado, para que comece a ser avaliado sem estresse', disse Ana, lembrando que o levantamento foi colocado em prática sem o aval do Conselho. O novo prazo não preocupa o presidente da Ageflor, Roque Justen. Segundo ele, antes de tudo, o zoneamento deve considerar os aspectos sociais e econômicos. 'O que não está sendo feito', rebate.
Enquanto isso, as entidades ligadas ao setor primário se organizam para apresentar sugestões. Os agricultores familiares pedem que áreas menores sejam contempladas. 'Queremos estipular um percentual máximo de 30% a 40% do plantio de florestas dentro das propriedades para evitar a monocultura', destacou o presidente da Fetag, Elton Weber. As propostas foram definidas, ontem, durante o Seminário sobre Meio Ambiente. A federação questiona a implementação de contratos que obrigam o produtor a vender para uma única empresa e por preço pré-definido. 'Queremos uma atividade que gere renda e não que faça o produtor virar empregado.' Lideranças reunidas na Farsul mostraram a mesma preocupação. 'O zoneamento é restritivo e o temor é que reflita nas demais atividades', disse o assessor de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Ivo Lessa.
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Correio do Povo, 13/06/2007)