A Petrobras pretende criar um selo de qualidade para a produção de álcool no Brasil. O diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, explicou que a intenção é evitar que a estatal contrate fornecedores que desrespeitem as leis trabalhistas. No exterior, são crescentes as críticas sobre a relação de trabalho escravo nas usinas brasileiras. Segundo Barbassa, a padronização e o estabelecimento de um preço são passos fundamentais para se aumentar a exportação do combustível em escalas maiores. A Petrobras estima investimentos de R$ 808,4 milhões em projetos de álcool e biodiesel neste ano. A empresa quer garantir a exportação de 3,5 bilhões de litros de álcool em 2011, além de disponibilizar no mercado 855 mil metros cúbicos de biodiesel.
Barbassa pretende propor aos usineiros a fixação de um preço máximo e mínimo para o produto com o objetivo de garantir rentabilidade ao produtor e ao mesmo tempo o fornecimento ao comprador em seus contratos de longo prazo. Ele disse ainda que a Petrobras estuda um modelo de exportação de álcool para o Japão por meio de contrato de longo prazo. O Japão estaria interessado no álcool brasileiro para viabilizar a geração de energia no país. O país foi o primeiro a assinar contratos de longo prazo para a compra de gás natural liquefeito (GNL).
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Correio do Povo, 13/06/2007)