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2001-11-09
Maurício Júnior foi um dos deputados estaduais constituintes (PT) no período 90/94. Durante seu mandato, encabeçou a CPI dos Minérios do Amapá, quando ninguém ousava questionar a Icomi, que explorou o manganês do Estado durante quase 50 anos. Hoje, os impactos ambientais, sociais e econômicos deixados pela empresa estão registrados e avaliados na tese de doutorado realizada pelo ex-deputado, na Costa Rica (América Central), onde ele esteve por quatro anos. Nesta entrevista, Maurício, que tem formação em História, Ciências Agrícolas, licenciatura e mestrado em Economia de Recursos Naturais, fala da polêmica história da exploração do manganês do Amapá e das conclusões de sua tese. A sua tese trata dos impactos sociais e econômicos causados pela Icomi.... Maurício Júnior - A idéia da tese surgiu na época em que eu fui deputado estadual. Nós criamos a CPI da mineração do Amapá, onde a gente levantou todas as irregularidades do setor de mineração. Na época, estivemos no Rio Vila Nova, onde o grupo Caemi explorava a cromita e não pagava os impostos. A partir dessa CPI, Mazagão começou a receber esses impostos. Aí nós estivemos em Monte Dourado vendo a contaminação que o caulim fez no Rio Jari e entrevistamos crianças que têm dificuldades de respiração por causa do pó que é colocado no navio no Rio Jari. A partir das informações que consegui na CPI, eu pensei no doutorado. E quando fui, em 1996, fazer mestrado em Economia de Recursos Naturais, a pedido do governador, fiz a minha tese sobre Ecoturismo e aproveitei para fazer logo os testes para o doutorado; e vim para Macapá, em 1998, fazer o trabalho de campo. A idéia é analisar qual foi o impacto econômico e social da Icomi no Amapá. Agora, o principal da tese investiga a questão da contaminação ambiental, não só por arsênio. A contaminação ambiental já acontecia a partir de 1972, com a produção de pelotas em Santana. O rejeito dessa produção de pelotas foi colocado de uma forma irresponsável no Porto de Santana, contaminando lençóis freáticos e levando para o Igarapé Elesbão. A tese faz todo um levantamento das denúncias contra a Icomi. O Álvaro da Cunha foi uma das primeiras pessoas que questionaram a Icomi, através do livro Quem explorou quem na extração do manganês do Amapá. Mas desde 1950 houve protestos contra a Icomi. Aqui tinha estudantes e economistas que questionaram a Icomi, eram do PTB, que fazia oposição ao Janary e à Icomi. Tanto o governador Janary quanto a Icomi tinham uma aliança muito grande. O ciclo do Janary começa em 1944, e vai até 1970 a influência dele no Amapá. Essa influência se dá porque a própria empresa tem uma aliança com o governador por causa do tipo de contrato que foi feito. Você vê que esse governador foi presidente da Petrobras, foi embaixador na Turquia e só podia ter esse tipo de acesso se tivesse uma empresa poderosa por trás. Além do mais, o Augusto Trajano foi uma das pessoas que financiou o golpe militar de 1964. Ele tinha uma relação muito boa com os militares. Então, todas as denúncias que haviam contra a Icomi não vazavam porque a Icomi tinha uma aliança muito grande, não só com o Governo Federal, mas com o governo estadual.

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