Um satélite meteorológico americano, crucial para prever a intensidade e o rumo de furacões, pode pifar a qualquer momento, e planos para o lançamento de um substituto foram adiados por sete anos, até 2016. Em carta obtida pela Associated Press, responsável pela Administração Nacional de oceano e Atmosfera (NOAA) dos EUA afirma que uma falha do satélite QuickScat poderá tornar as previsões meteorológicas mais incertas, levando a uma ampliação das áreas colocadas sob alerta de furacão.
Se o satélite falhar, especialistas estimam que a precisão das previsões meteorológicas de 48 horas cairá 10%, e as de 72 horas perderão 16% de confiabilidade. Isso poderá representar vários quilômetros de costa, e a diferença entre uma cidade ser esvaziada ou deixada em paz.
O satélite cobre cerca de 90% dos oceanos do globo. "Ficaríamos cegos. Seria um perigo significativo", disse o gerente de emergências do Condado de Charlotte, na Flórida, Wayne Sallade. Charlotte foi duramente atingido pelo furacão Charlie, em 2004. Em carta a um congressista da Flórida, o administrador da NOAA, Conrad Lautenbacher, atribui os atrasos a problemas técnicos e orçamentários.
(
Associated Press, 12/06/2007)