A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 366/07, que divide o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao criar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A medida foi aprovada por 250 votos a favor, 161 contra e sete abstenções. Com isso, segue para o Senado Federal, o projeto de lei de conversão de autoria do deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Quando a aprovação foi anunciada, cerca de 100 servidores do Ibama, que ocupavam as galerias do plenário da Câmara, começaram a protestar. Aos gritos, diziam "jamais seremos vencidos" e "fora, Marina Silva", em referência à ministro do Meio Ambiente. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), avisou que não aceitaria mais servidores nas galerias caso a MP fosse alterada no Senado e voltasse à Câmara.
"Não aceitarei servidores nas galerias", disse. Contudo, os protestos continuaram e Arlindo Chinaglia determinou à segurança da casa o esvaziamento das galerias. O grupo deixou a galeria em poucos minutos. Mais cedo, os servidores haviam fixado 514 cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios, representando a "morte" das unidades do Ibama. O governo federal defende a decisão para dar eficiência à gestão e fiscalização ambiental.
(Por Iolando Lourenço, Agência Brasil, 12/06/2007)