Deslizamentos de terra e risco de desmoronamento de casas, quedas de muros e limpeza das casa inundadas. Esse foi o saldo da chuva que caiu em Porto Alegre durante todo o domingo. Na manhã de ontem, a Defesa Civil da Capital atendeu a 20 ocorrências, a maioria em encostas de morros, onde construções irregulares correm o risco de desabar. O agente da Defesa Civil Jorge Brito afirmou que o mais difícil é convencer os moradores a deixarem as casas. 'Mesmo com risco iminente de desabamento, as pessoas preferem ficar por medo de ter seus pertences roubados', disse. Não foi o caso de Cláudia Goulart, 28 anos, que teve o fundo de sua residência encoberto por terra e pedras no bairro Partenon. Ela, o marido e os dois filhos estão alojados na casa de parentes.
A queda de um muro deixou 260 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Espírito Santo, no bairro Glória, sem aulas. A Defesa Civil interditou a área do pátio dos fundos, pois o local serve para prática de esportes e de passagem. A diretora, Sônia Azeredo, pediu providências à SEC e alertou: 'Se as chuvas continuarem, o muro que faz a divisa da escola com a rua também pode desabar'. Segundo ela, já há sinais de infiltrações no prédio da escola.
Parte de um muro caiu na Vila Cefer II. A técnica de enfermagem Ana Paula Esteves disse que está pedindo providências da prefeitura desde fevereiro de 2006, quando outra chuva forte comprometeu a estrutura. 'Agora a situação se agravou, pois uma árvore pode cair em cima da minha casa e da do vizinho', afirmou. Na Ponta Grossa, houve a remoção de 40 pessoas da Vila Túnel Verde.
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CP, 12/06/2007)