Tipo de trabalho: Tese de Doutorado
Instituição: Instituto de Engenharia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
Ano: 2003
Autora: Marta Siviero Guilherme
Resumo:
O lodo de esgoto é um resíduo gerado no final do processo de tratamento de esgotos. É produzido em grandes quantidades e há necessidade promover sua disposição de maneira adequada. A disposição do lodo no solo é uma alternativa que combina reuso e reciclagem de constituintes orgânicos e minerais, pois o lodo contém de matéria orgânica e elementos como N e P, que são importantes para o desenvolvimento das plantas. No entanto, este lodo pode estar contaminado por patógenos, como os protozoários e helmintos, ou metais pesados, causando problemas em relação à disposição. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a presença destes patógenos no solo e líquido percolado que recebeu aplicação de lodo em 3 dosagens diferentes 2,5 ; 5,0 7,5 TSS/ha pH natural e 5,0 TSS/ha pH corrigido, além do grupo controle. Também foram testadas duas formas de desinfecção do lodo: calagem (20, 30 e 50%) e desinfecção natural utilizando a luz solar, sendo que neste experimento além de helmintos e protozoários foram feitas análises de coliformes totais e E. coli. Os resultados obtidos para aplicação de lodo no solo mostram que os patógenos concentram-se na camada superficial do solo (0-20cm), e quanto maior a dose de lodo aplicada maior a concentração destes organismo. No líquido percolado não foram detectados patógenos. Os testes de calagem indicam que a 50% os patógenos são eliminados em 15 dias, e o experimento de desinfecção natural também demonstra que este método pode ser utilizado, com eliminação total da E coli também em período de 15 dias.