O lançamento do Centro de Excelência Ambiental da Petrobras na Amazônia (Ceap) em Manaus, na semana passada, é resultado de "uma longa história de erros e acertos da própria companhia" nos últimos sete anos. A afirmação é do diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, que exercia a presidência da Petrobras em 2000, quando ocorreram acidentes ambientais na Baía de Guanabara (RJ) e no Rio Iguaçu (PR).
O Centro, segundo Sauer, nasceu da vontade de construir uma nova trajetória e uma nova relação com a sociedade e o meio ambiente. "Quando falo em erros, refiro-me em especial a esses acidentes. Desde então a estatal tem colocado entre seus objetivos de gestão a construção de conceitos, práticas e procedimentos que incorporam a suas atividades permanentes a questão da sustentabilidade e da relação responsável do ponto de vista social e ambiental, nas comunidades próximas aos locais onde ela opera no Brasil e no exterior", disse.
Ainda de acordo com o diretor, foram os desafios colocados neste novo milênio que ditaram os rumos a serem seguidos pela Petrobras em suas atividades de prospecção, produção, refino e transporte de petróleo e gás: "E é significativo que um conjunto de ações deslanchadas em resposta a uma crise venha se consolidar na Amazônia com o Centro de Excelência Ambiental. Na construção de práticas sustentáveis de operacionalidade, nós já investimos valores superiores a US$ 2 bilhões".
Ildo Sauer destacou, como resultado desse trabalho, a colocação em 8º lugar no ranking das empresas mais respeitadas do mundo, divulgado pelo Reputation Institute – empresa privada de assessoria e pesquisa com sede em Nova York (EUA) e representação em mais de 20 país. A estatal brasileira estava em 83º lugar entre as 600 grandes companhias mundiais. A pesquisa ouviu mais de 60 mil pessoas, em janeiro e fevereiro últimos, em 29 países.
"Depois da visão dramática de 2000, esse resultado reflete uma visão dupla: a de uma empresa que aprendeu com a dura lição do passado, mas também a de uma companhia que ganhou dimensões significativas no cenário energético mundial", disse.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 10/06/2007)