(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
pet
2007-06-11

Elas servem para fazer bolsas, cortinas e pufes. Podem também ser usadas na fabricação de camisetas, brincos e pulseiras. Em tempos em que a moda é ser ecologicamente correto, as garrafas pet – aquelas de plástico, que na maioria das vezes acabam indo para o lixo – viraram verdadeiros artigos de mil e uma utilidades no mercado nacional.

Transformar as garrafas de plástico em artesanato tem garantido há mais de dez anos o sustento da família dos artistas plásticos Rudi e Eduardo Webster, que têm quatro filhos em Tanguá, no Rio de Janeiro.

Eles adaptaram a técnica que usavam em porcelana para fazer pequenos sulcos no plástico e dar o efeito de bordado às peças, que em nada lembram as garrafas verdes: são cortinas, objetos decorativos, móveis e bijuterias.

Preconceito

Apesar da criatividade do trabalho, descobrir que está comprando um produto feito de pet ainda causa estranheza em alguns clientes. "Existe o preconceito entre as pessoas de baixa renda. É muito fácil vender numa área para turistas. Você não diz que é pet", explica Rudi. Para conseguir matéria-prima, ela e o marido saem em busca da garrafa pela comunidade: vizinhos e comerciantes vendem cada garrafa usada por R$ 0,05. Depois de pronta, uma bolsa feita de pet pode ser vendida por R$ 25.

Há dois anos, então recém-formada em moda, Camila Sotto buscava um produto com apelo ambiental para apresentar a confecção em que trabalhava. A resposta veio com a fabricação de camisetas a partir de garrafas PET.

"Achei uma pessoa que fazia o fio, e começamos a comprar o fio e fazer a malha", diz. A aposta deu certo: hoje, a empresa produz para marcas conhecidas como Osklen e Track and Field. A confecção a partir da reciclagem ainda não é significativa para a fábrica, mas Camila espera uma mudança no cenário. "A gente acredita que daqui a um tempo, até o final do ano, as camisetas tomem grande parte da nossa produção".

O primeiro desafio da empresária foi enfrentar a desconfiança do cliente com relação ao material. Para isso, foi feito um material explicativo sobre o produto. "As pessoas acham que o tecido vai ser só verde, ou duro, ou quente porque é de plástico", diz. Camila enumera as qualidades da malha: "Ela tem um toque macio como algodão, não é quente, é mais resistente porque tem o poliéster", afirma.

O processo de produção começa com os catadores de lixo, que recolhem as garrafas usadas. O material é levado para cooperativas, de onde são depois vendidas a empresas como a Repet, de Mauá, em São Paulo. Lá elas são lavadas, moídas e transformadas em flocos.

Em outra etapa, os flocos são por sua vez transformados em fibras de poliéster para confecção de tecidos, tapetes e enchimentos, diz Hélio Losito, gerente comercial da Unnafibras, empresa de Santo André, na Grande São Paulo, que fabrica cerca de 2,2 mil toneladas de fibras a partir de garrafas PET todos os meses.

300 empresas

A reciclagem das garrafas pet movimenta a economia: mais de 300 empresas brasileiras são diretamente ligadas ao negócio de reciclagem de PET no Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). O faturamento estimado do setor formal, só no primeiro estágio da reciclagem, foi de mais e R$ 150 milhões em 2005.

Naquele ano, foram recicladas 174 mil toneladas do produto – 47% do total de garrafas comercializadas. Além disso, empresas "antenadas" já começam a fazer da reciclagem parte de seus negócios diretos, como é o caso da Natura. Desde março deste ano, ela vem substituindo os frascos de uma de suas linhas de produtos por embalagens que têm em sua composição 30% de Pet reciclado.

O desenvolvimento da nova embalagem levou três anos e a redução do impacto ambiental, segundo a companhia, será de cerca de 15%. "Esse número é significativo, mas estamos trabalhando, junto com nossos parceiros, para aprimorar o processo de reciclagem de forma a utilizar uma resina com 100% de PET reciclado. Desta forma, conseguiremos alcançar 50% de redução", afirma Victor Fernandes, diretor de desenvolvimento da Natura.
 

(G1/Globo.com/Gazeta do Paraná, 10/06/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -