Moradores da província argentina Entre Ríos deram início a um novo bloqueio em três pontos com a fronteira do Uruguai no sábado (09/06). Eles protestam contra a instalação da papeleira que a empresa finlandesa Botnia constrói em solo uruguaio.
Os manifestantes interromperam a passagem nas cidades de Concórdia, Colón e Gualeguaych, que fazem fronteira com as cidades uruguaias de Salto, Paysandu e Fray Bentos, onde a companhia de celulose constrói uma nova fábrica. Ambientalistas consideram que a nova fábrica pode prejudicar o meio ambiente.
As Assembléias Ambientais de Colón e Concórdia realizaram bloqueios temporários, mas os manifestantes de Gualeguaychú mantiveram "por tempo indeterminado" o bloqueio realizado desde o dia 20 de novembro de 2006, em protesto contra a fábrica que é construída às margens do Rio Uruguai, na fronteira entre os dois países.
As assembléias de Colón informaram que repetiriam o bloqueio no domingo, 10, entre as 18 e 23 horas. Assim, a única maneira de passar ao outro país nesse horário será por Concórdia.
Argentina e Uruguai brigam há três anos por conta da construção da fábrica da Botnia e só retomaram o diálogo sobre o assunto em abril, durante um encontro em Madri que foi mediado pelo rei Juan Carlos da Espanha.
Em maio, representantes dos dois países voltaram a se reunir em Nova York sem avançarem nas negociações e com o acordo de debaterem o assunto em reuniões que seriam realizadas neste mês.
O governo argentino recorreu à Corte Internacional de Justiça de Haya pela decisão do Uruguai de autorizar a construção da papeleira, que na opinião da Argentina atinge um recurso fluvial que é compartilhado entre os dois países.
Enquanto isso, o governo uruguaio se queixa pelos bloqueios feitos do lado argentino da fronteira entre os dois países na região de Entre Ríos.
(Agência Estado, com informações da EFE, 10/06/2007)