O debate sobre o zoneamento da silvicultura (cultura de árvores florestais) será aberto à comunidade gaúcha. Conforme a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), quatro audiências públicas estão confirmadas. Uma delas será em Santa Maria, na quinta-feira, às 19h, no auditório do Centro de Ciências Rurais, prédio 42 do campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
As demais audiências serão em Pelotas, na segunda, em Alegrete, na quarta, e em Caxias do Sul, em 19 de junho.
Nestes encontros, universidades, ONGs, representantes de trabalhadores e empresas, poder público e moradores da região poderão discutir e apresentar sugestões para modificar o texto provisório do documento, que detalha como será o plantio de árvores como o pínus e o eucalipto usados por empresas de celulose.
A diretora-presidente da Fepam, Ana Maria Pellini, alerta: não haverá espaço para guerras "entre o bem e o mal", na tentativa de evitar um embate ideológico.
- Precisamos achar um ponto de equilíbrio. A sociedade quer pagar um custo ambiental para se desenvolver - diz ela.
Segundo ela, o texto provisório do zoneamento é uma proposta técnica com o máximo rigor ambiental.
As audiências servirão para o documento, que vai nortear o plantio de árvores destinadas à indústria de celulose no Estado, levar em consideração os aspectos econômicos e sociais de cada região.
Mais informações no escritório da Fepam de Santa Maria (Rua Pedro Londero, 22) e pelo telefone (55) 3222-1648.
Porque é importante
- O documento servirá para nortear o plantio de árvores exóticas como eucaliptos, pinus e acácias - usadas por empresas de celulose e papel
- Com base no zoneamento, a Fepam vai emitir as licenças liberatórias para o plantio, ou vetar o cultivo das árvores, conforme as diretrizes locais apontadas pelo documento.
(Diário de Santa Maria, 09/06/2007)